Essencial para Concursos - Tudo sobre orações subordinadas para concursos públicos

Matéria comum em concursos, as orações subordinadas podem ser divididas em três tipos e aqui você aprenderá tudo sobre elas.

Olá, concurseiro. Como você está?

Hoje iremos mergulhar em uma análise sintática do período composto para falarmos tudo sobre as orações subordinadas e suas três categorias: adjetiva, substantiva e adverbial.

As orações subordinadas são aquelas que exercem uma função sintática em relação à oração principal, dando sentido à frase.


Orações subordinadas adjetivas

Mas, para ninguém ficar confuso, vamos de pouquinho a pouquinho. Começando pelas orações subordinadas adjetivas, as quais servem para exercer a função de adjunto adnominal de um termo da oração principal. Ela tem a mesma função que um adjetivo e começa, na grande maioria das vezes, com o pronome relativo que.

Existem apenas dois tipos de orações subordinadas adjetivas: as restritivas e as explicativas. E as danadinhas adoram cair em prova de concurso.

Sem mais delongas, já vamos conhecer cada uma delas com alguns exemplos.

As orações subordinadas adjetivas restritivas têm como objetivo especificar o sentido de um termo, enquanto as orações subordinadas adjetivas explicativas servem para ampliar o sentido desse termo.

Se você faz uma caracterização óbvia, o adjetivo será explicativo. Um exemplo disso é o fogo quente. Todo fogo é quente, portanto, essa caracterização é explicativa. Agora se a caracterização não é óbvia, como no caso do “fogo alto” (não é uma característica essencial do fogo), a oração subordinada será adjetiva restritiva.

Vamos para os exemplos:

Explicativa - O homem, que é mortal, precisa cuidar da saúde.

Todo homem é mortal. Portanto, essa característica deve ser colocada entre vírgulas.

Sabemos que a característica é óbvia, mas você quer explicar que ele precisa cuidar da saúde, se não ele morre.

Restritiva - O homem que é inteligente cuida da saúde.

Nem todo homem é inteligente, mas aquele que é, cuida da saúde. Você está restringindo o adjetivo. Por isso, essa frase não precisa da vírgula.

Algumas situações vão de acordo com a opinião e é você quem escolhe se ela será restritiva ou explicativa.

Por exemplo: A mulher que ama não trai Vs A mulher, que ama, não trai.

Na primeira, sem vírgula, você restringe e significa que APENAS a mulher que ama não trai. Agora, se colocamos vírgula, a frase diz que nenhuma mulher trai e que toda mulher ama.

E na frase: Os animais que comem carne são carnívoros. Devemos colocar vírgula ou não?

Não são todos os animais que comem carne, mas os que fazem são carnívoros. Portanto, a frase é restritiva e não precisa da vírgula.

Orações Subordinadas Substantivas

As substantivas são aquelas que vão fazer o papel, a função sintática, de um termo que está ausente na oração anterior. Nesse caso, a oração subordinada será, majoritariamente, representada pela palavra que ou pela palavra se.

Você terá sempre duas orações e, por isso, vamos começar dividindo entre oração principal e oração subordinada. A principal será sempre aquela que não apresenta o conectivo (conjunção). A partir disso, vamos identificar o que tem na oração principal para saber o que está faltando, que, consequentemente, será a oração subordinada.

Existem seis tipos de oração subordinada substantiva: objetiva direta; subjetiva; objetiva indireta; predicativa; completiva nominal; apositiva.

O.S.S Objetiva Direta
Exemplo: Eu quero (oração principal) que você venha

Nesta oração principal temos sujeito, verbo transitivo direto (querer) e só. Nesse caso, falta o objeto direto, que tem seu papel cumprido por toda uma oração (que você venha). É oração porque temos um verbo.

O.S.S Subjetiva
Exemplo: É necessário (oração principal) que você venha

Você tem um verbo de ligação que não indica ação e predicativo do sujeito. Nesse caso, estará faltando o sujeito, que terá o papel cumprido pela segunda oração.


O.S.S Objetiva Indireta
Exemplo: Eu preciso (oração principal) de que você me ajude.

Aqui há um sujeito e verbo transitivo indireto. Com isso, fica faltando o objeto indireto, papel cumprido pela segunda oração inteira.


O.S.S Predicativa
Exemplo: O importante é (oração principal) que somos felizes.

Nessa principal, temos sujeito e verbo de ligação. Fica faltando o predicativo do sujeito, obrigatoriamente. A oração complementar, aqui, faz função do predicativo do sujeito.


O.S.S Completiva Nominal
Exemplo: Eu tenho medo (oração principal) de que você não compreenda.
Aqui, há o sujeito, verbo transitivo direto e o objeto direto. Tá completinho, mas a frase ainda precisa de complemento, pois quem tem medo, tem medo de algo.

O.S.S Apositiva
Exemplo: Eu tenho um sonho: (oração principal) que você seja aprovado.

Toda oração apositiva terá dois pontos, mas nem sempre que tiver dois pontos será uma oração apositiva. Para que seja apositiva, você precisa ter uma oração inteira explicando o significado de um substantivo.


O.S.S Agente da Passiva
Exemplo: O exercício foi resolvido (oração principal) por quem estudou.

Neste caso, a oração subordinada é o agente da passiva, termo preposicionado que pratica o verbo, mas não é o sujeito. O sujeito da frase é o exercício, mas a ação é praticada por quem estudou.

Por ser uma modalidade oral, esse tipo pode não ser considerado em toda gramática, mas é válido que você a estude para concursos.

Orações subordinadas adverbiais

Apesar de ser a que possui mais tipos – são nove no total – as orações subordinadas adverbiais são, na minha opinião, uma das mais tranquilas para aprender. Isso porque elas são classificadas de acordo com a circunstância que exprimem na frase e fazem a função de um adjunto adverbial.


Causais
Essas manifestam motivo e têm como conjunções causais: porque: visto que, como, uma vez que, posto que.
Exemplo: A cidade foi alagada porque o rio transbordou.

Consecutiva

Expressam um consequência do fato referido na oração principal. As conjunções consecutivas são: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que. Ela é uma inversão da oração causal.
Exemplo: A pia encheu tanto que transbordou.

Condicionais
Expõem uma circunstância de condição em relação à oração principal e têm como conjunções: caso, se, desde que, contanto que, sem que, etc.
Exemplo: Espere por mim se eu não chegar a tempo.

Concessivas
Indicam um fato contrário ao referido na oração principal e têm como conjunções: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que, etc. É uma ideia que impediria a outra de acontecer, mas não impediu (cedeu).
Exemplo: Embora tivesse chovido muito, fomos ao parque.

Conformativas
Externam condição de conformidade em relação à oração principal e têm como conjunções: conforme, consoante, como, segundo, etc. Ela mostra estar de acordo com algo.
Exemplo: O evento aconteceu conforme imaginávamos.

Comparativa

Estabelecem uma ideia de comparação e suas conjunções são: como, que, do que, etc.
Exemplo: Nós corremos como profissionais correm.

Finais
Essas expressam a intenção, o objetivo de algo e têm como conjunções: para que, a fim de que, que, porque, etc.
Exemplo: Sentei-me na primeira fileira, para que pudesse enxergar melhor.

Temporais
Demarcam em que tempo aconteceu o processo que foi expressado na primeira oração e têm como conjunções: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, antes que, desde que.
Exemplo: Liguei para ele assim que cheguei em casa.

Proporcional
Expressam uma ideia de proporcionalidade de acordo com a oração principal e têm como conjunções: à medida que, à proporção que, quanto mais... tanto mais, quanto menos... tanto menos, etc.
Exemplo: Fico mais cansado, à medida que envelheço.

Tranquilo, né? A famosa oração subordinada não assusta mais? Ficamos felizes. Então, até a próxima!

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